sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

FILHOS



Filhos? São nossos?
Não, são do mundo,
Da vida e dos sonhos.
Vem através de nós
Mas não nos pertencem.
Podemos dar-lhes amor,
Mas não seus pensamentos.
Podemos abrigar seus corpos
Em nossos ventres,
Mas não suas almas.
Moram na casa do amanhã ...
E nem seus sonhos podemos visitar.
Não podem fazer o que fizemos,
Nossos exemplos não seguirão,
Se não desejarem.
Terão seus próprios sonhos
E experiências.
A vida não anda para trás,
Filhos são flechas
Guiadas pelos nossos arcos...

Vera da Mata
9/12/2010

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

LUZ



Chegaste em nossa vida
Com muita luz – Luiz
Vieste pelos braços do destino
Cair em nosso coração.
Tu és flor em forma de criança,
Crescerás na vida da gente.

Teu sorriso é promissor,
Teu olhar é doce e meigo
Vieste enfeitar nossos sonhos
Pelas frestas da esperança,
No acalanto de amanhã que virá.
Teu amor é acolhedor,
És detentor de luz,
Luz que iluminas!
Alegria que contagias!
Amor de nossa vida!

Vera da Mata
20/11/2010

COMEÇO DE ENTARDECER


 Cai a tarde, as cores mudam.
O dia se vai e a noite chega.
Na vida contei o tempo
E descobri que muito já vivi...
Pois tenho mais passado que futuro.


Nos mistérios da noite,
Minhas emoções se arrastam
e se embolam no meu coração.
Porque não tenho tempo para mediocridades,
invejosos,
conversas intermináveis,
telefone,
assuntos inuteis,
pessoas imaturas
E desafetos.


Na madrugada da vida,
Sinto perfumes das flores,
Dos ventos e das estrelas.
E na calmaria do meu repouso,
Sinto meu corpo cansado e fraco
Meus olhos não vêm como antes,
Meus braços perderam a agilidade,
Minhas pernas insistem em não me obedecer,
Meus pensamentos são outros.


Porque o tempo e a noite trouxeram
Outras emoções e percepções...
na imagens do meu ser.
E é no meu brilho de mulher,
Nas cantigas singelas do vento e do tempo
que meu aprisco fica mais calmo
Terno e doce...
E me prepara para o que virá daqui para frente.


Vera da Mata (no dia que fiz 60 anos)


14/janeiro/2010





quarta-feira, 17 de novembro de 2010

RAZÕES


São intocáveis as razões do coração,
São nebulosas as minhas lembranças,
São infinitas as dores da alma,
São longas as minhas madrugadas.

Madrugada fria, impávida e escura!
Nela, há um silêncio profundo,
Silêncio de morte tímida e pálida,
Enfeitiçada na tristeza sem fim.

Triste e sem fim também é o meu coração,
Que vive enclausurado na minha lágrima,
Que teima em cair pela saudade mágica,
De tudo que já passou e náufraga virei.
.
Mas náufraga não quero ser,
Pois há um pássaro que deseja voar
Dentro de mim...
Há uma princesa pálida na floresta do meu coração.

Na vida já fui jardim e já criei rosas,
Cravos e malmequeres,
Já fui deserto e areia tomou conta do meu coração
Que ficou seco e sem luz...

Já fui montanha e estive bem perto do céu.
Hoje sou pequena estrada,
De caminhos longos e tortuosos,
Onde me perco com frequencia...

Mas queria ser o raio de sol, o mais belo,
O mais dourado e quente,
Ao mesmo tempo ser água cristalina
Que rola pelas encostas para sempre...

Monlevade, 1990
Vera da Mata

domingo, 14 de novembro de 2010

SE O TEMPO VOLTASSE ... ELAINE



Seu nome siginifica Helena.
Inteligência e comunicação são seu lema.
Movida pela emoção e razão,
sentimentos que lhe permeiam a alma.


E significa ESPERANÇA,
Luta,
Amor,
Irreverente,
Na luz
Encontro


Se o tempo voltasse
você entenderia...
Quanto esperei e te desejei,
Filha do coração!


Agradeço a Deus por existir,
Pelo cariNho e dEdicação,
Pelos “não” que te falei,
Pelos “sim” que te proporcionei
Para que não sofresse
E nem lágrimas derramasse....

Tem um coração sem igual
No rosto, a perseverança!
Coragem! amor e luta.
Se o tempo, voltasse atrás

Entenderia...




VC, 14/11/2010
Vera da Mata

INDELEVEL AMOR!


Amor é seu nome!
Natureza é sua vida!
Dedicação,
Responsabilidade,
Esperança,
Indelével
Amor!

LindA filha, doce e meiga
Embeleza miNha estrada,
O meu caminho da viDa.
De amoR, tErnura e carInho.

SuA presença acaricia meu coração,
Seus versos me revelam seu lado lindo.
Sua sutileza é envolvente
nas amarras da minha emoção.

Pena não poder estar com você,
Todas as horas de nossa vida,
Trocando nossos versos
E desatinos...

Penso em você como luz da luA
em noite de verão, deitada
No quintal, tentando ler nas estrelas
Os mistérios da vida!

VC, 14/11/2010
Vera da Mata

QUANTA SOLIDÃO!



Faz frio lá fora, muito frio...
Parece solidão de natureza morta,
A chuva molha meu coração,
E nela encontro só minha solidão.

Solidão não é só ausência de quem se ama,
Mas a indiferença de sua presença.
É o quinhão que o tempo nos dá
E dor que insiste em machucar.

Solidão é como o vôo da abelha
Que sozinha vai de flor em flor,
Desencontros das almas
no caminho de estrela em estrela.

Solidão reflete tristeza
Dor, histórias e desamor,
Que anda nas estradas do coração,
Das emoçoes e desencontros.


Monlevade, 23/5/1986
Vera da Mata

terça-feira, 9 de novembro de 2010

MENTE...


Gente!
Mente...
Substantivamente...
Inteligentemente,
Diariamente,
Admiravelmente
Massificante - mente,
Pensante - mente,
Naturalmente... mente.




Gente!
Mente...
Verbalmente,
Espertamente...
Frequentemente ...
Mental - mente,
Fisica - mente,
Preguiçosamente...
Demente...
Mente!

Vera da Mata
12/11/2009

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

LEMBRANÇAS


Cada momento da vida
Como uma tatuagem na alma,
Gravado no coração está.
São acontecimentos grandes,
Pequenos e até insignificantes.
Carregamos pesos gigantescos,
desnecessários.

Lembranças inesquecíveis,
Lindas e belas ...
Ruins e feias...
Deixando cicatrizes!...
No coração!...

É um livro, uma música,
Uma viagem ou uma carta.
Caminhos que se anda,
Uma frase bonita,
Um buquê de flores,
Uma palavra amiga,
Um carinho numa necessidade.

Há lembrança de olhares ...
De sorrisos ...
De momentos...
De afagos...
De um perfume,
De um beijo,
Grudados em nossa pele!
Deixa-nos felizes!
Trazem saudades...

VC, 2/11/2010
Vera da mata

domingo, 31 de outubro de 2010

MEU MENINO IMPOSSIVEL


Fim de semana, domingo!
Assim que amanhece o dia
Mal espera dar oito horas
E ele chega com seu olhar conquistador
E seu sorriso maroto...
É o menino impossível
Que no PC quer jogar...

E o menino impossível
quer construir
seus brinquedos imaginários ...
Derrubar muralhas,
construir pontes e casas,
Armar cidades,
fazer plantações.

Luta, defende, protege.
E no seu jogo de faz de conta
Viaja nas sombras
Da sua imaginação.
Êta! menino esperto
e impossível!!


VC, 31/10/2010
Vera da Mata

DEPRESSA DEMAIS...


Só vou na ligeireza,
Depressa demais...
Preciso aprender a ser devagar...
Sei que devagar também se vai longe.
E quem muito corre, cansa.
Acabo cansada
Nesta vida tão bela ao meu redor!...

A pressa é um tigre
Que corre na imensidão de uma savana,
Corre atrás do coelho...
como vendaval de chuva,
como o tempo no relógio
quando estamos atrasados.

A pressa é um gavião entre as nuvens,
É um trem bala,
É um cometa no céu estrelado,

Desejo sabedoria?
Parar e refletir...

Devemos:
Apreciar a calma do mar.
O brilho das estrelas,
Os balanços das folhas de árvore
Como a tartaruga na beira do rio,
Como o bicho preguiça ao subir numa árvore,

Os que se vão depressa
fazem adoecer a mente,
O coração começa a bater devagar
E... pára para sempre ...

Vera da Mata
VC, 31/10/2010.

É PRECISO AMAR A NATUREZA

A devastação está assustadora,
O medo está instaurado.
É preciso evitar o vazio do verde,
Pois nem o verde de seu olhar,
Essa destruição, poderá sanar !...

Sem o verde, os pássaros não cantam,
As borboletas não voam,
Os animais silvestres não vivem,
O oxigênio acaba.

O homem deseja o mundo do silêncio!?
O silêncio dos seres!...
Um silêncio mordaz
O tirano do nada...
Mundo sem ruídos,
das águas, dos pássaros,
da chuva...
E dos mugidos dos mamíferos!...

Precisamos da beleza das plantas,
Do verde de suas folhas.
Do colorido de suas flores.
Cuidar e plantar,
Permanentemente,
Em vez de destruir e desaraigar...
Regar e coletar sementes
Em vez de fogo e queimadas...
Semear...
As plantas são seres vivos...
Têm direito de crescer,
florir e frutificar!...

VC, 31/10/2010
Vera da Mata

MAR - MARCELO


Marcado de sonho...
Marcado para o amor...
Marcado para ser feliz.
Do mar – você é peixe...
Azul, vermelho e amarelo.

Sempre mergulhado no reino das emoções.
De lá traz misteriosos pensamentos...
Sensíveis,
Compassivos,
Incondicionais.


É mutável...
E na construção de sua manifestação
Pela vida
Mostra-se coerente e belo...
É consciente e leal!...

Vive na fronteira de dois mundos:
Um, belo e sonhador,
Outro, dentro do outro.
Do mundo tira lição
Do que virá e o que já foi.
Suas emoções vivem num caldeirão
De sonhos e ilusões a beira-mar!..

Modéstia é sua constância!
Justiça é o seu lema!
Tem enorme empatia
Pelos menos favorecidos.
E no saltimbanco da vida,
sem saber muito bem como anda
ou para onde vai,
segue seguindo sua intuição.
E com pés descalços,
Sem vaidade...
Lá vai ao mar...
Mar - Marcelo, amor sem fim!

VC, 31/10/2010
Vera da Mata

MINHA FILHA DENISE



Lá com a nota do fá
Fiz uma canção para você,
De amor, carinho e paixão.
Cá eu te encontrei
No meu útero te alimentei
No seio do meu coração...
Sua meiguice me apaixonou
E minha vida marcou.

Menina, doce e gentil!
Tem compaixão e empatia.
Você água universal
Das emoções da vida!...
Ás vezes, chora,
Às vezes, ri,
Ás vezes, se alegra com pouco,
Às vezes, o muito lhe deixa triste.
É sinônimo de sensibilidade...
Sofre com sofrimento que não é seu...

Sua intuição é forte,
Sua expressão musical também,
Poeta você é...
Caminha pela vida,
sonhando ...
Nos devaneios do amor...
Fica confusa...
Sem amor concreto,
Com sonhos oscilantes
e belos ...
Denise - luz!....


Vera da Mata
VC, 31/10/2010

sábado, 30 de outubro de 2010

LIBERDADE



É ânsia de dignidade humana,
Relação de poder
No jogo de gato e rato,
Entre o poderoso
E o desprotegido.

Só é visível sob a luz da prisão,
Na defesa um do outro,
Na força de vontade dos saberes,
Na lealdade das sombras,
No devir das conseqüências.

É utopia...
Sonho de felicidade ...
É voo de pássaro no azul inifinito...
Querer fazer o que bem quiser...
É ser livre na natureza.
LIBERDADE!...

Vera da Mata
Monlevade, 1992

ONDE MORA A SOLIDÃO?


Mora acima das nuvens?
No encanto das estrelas?
No fundo do mar?
Acima dos picos de neve?
Nas profundezas da terra?
No deserto ou nas savanas?

Não, não sei onde mora
A verdadeira solidão.
Talvez more na quietude dos seres,
Na constante caminhada que fazemos ,
Nas decisões de livre arbítrio,
Dentro de nossos corações!...


Vera da Mata
Monlevade, 1991

quinta-feira, 28 de outubro de 2010






Sombras...
Que na escuridão ruidosa da ausência,
Rompe-se em fios finos de luz,
São melodias encantadas,
São imagens formadas
Que se esgueiram na estrada,
Sob a luz poente do sol,
Na luz fraca da noite.

Aparecem nas curvas da solidão...
E me procura no meu esconderijo
Onde quer que eu esteja.
No meu castelo de sonhos,
No amanhecer e no entardecer.

Sombra - sombra que embala
Canções tristes,
Sentidos perdidos,
Esquecidos...
Não vistos
E nem observados...

Elixir da mente...
Que minh'alma esconde,
que minh'alma almeja,
Á calmaria á beira do lago..
Lago so silêncio!

Lá... há também sombras...
De seres, de árvores, de pássaros,
Lá o tempo passa devagar,
E as minhas lembranças cruéis,
Emanações rudes de meu ser,
Querem me sufocar,
Trazer atrozes sentimentos
Que olham nas sombras da minha memória.

Vera da Mata
VC, 27/10/2010

terça-feira, 26 de outubro de 2010


ALGURES e ALHURES


Em algum lugar encontrei você,
Algures.
De minha vida, baluarte,
De meus lábios, sorriso,
De minha alma, coração
esperança de amor.

Mas noutro lugar você estava,
Alhures.
Sua vida sempre foi mistério,
Nada meu você gostou,
Viajou na sua solidão
E me abandonou.

Lugares...
Algures,
Alhures,
Para sempre!...

Vera da Mata

VC, 26/10/2010

PARA VOCE RIR UM POUCO...


Vaidade Mata"


Uma mulher foi levada às pressas para a UTI de um hospital. Lá chegando teve a chamada 'quase morte', que é uma situação pré-coma. Neste estado encontrou-se com a morte:
- Que é isso? - perguntou - Eu morri?
- Não, pelos meus cálculos, você morrerá daqui a 43 anos, 8 meses , 9 dias e 16 horas.
Ao voltar a si, refletindo o quanto tempo ainda tinha de vida, resolveu ficar ali mesmo naquele hospital e fez uma lipospiração , uma plástica de restauração dos seios, plástica no rosto, correção no nariz, na barriga. Tirou ainda todos os excessos, as ruguinhas e tudo mais que podia mexer para ficar linda e jovial.
Após alguns dias de sua alta médica, ao atravessar a rua, veio um veículo em alta velocidade e a atropelou, matando-a na hora.
Ao encontrar-se de novo com a morte, ela perguntou irritada:
- Que palhaçada! Você disse que eu tinha mais 43 anos de vida. Por que morri? Gastei um dinheirão com todas aquelas cirurgias plásticas e nem tive tempo de terminar de pagar.
E a morte aproximou-se bem dela e, olhando-a diretamente nos olhos, respondeu:

- CRIATURA...EU NÃO TE RECONHECI !!!!!!! Kkkkkkkkkkkkkkkk...

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

METÁFORAS


Quero deitar numa cama nas nuvens
E delas, tomar um sorvete,
Balançando no azul do céu,
Encostada numa estrela.

Quero ascender o fogo da vida
E encontrar o fervor do amor.
Porque a vida é fugaz
Como a chuva de verão.

Quero nadar no mar das ilusões
E fazer amizades com suas criaturas,
Quero pescar nas desilusões do rio
E com o boto cor-de-rosa encontrar .

Para saber os segredos da dor:
Quero mergulhar no vulcão
Dos sonhos de minha memória
E encontrar meus sonhos que tanto amei.

Vera da Mata
BR, 25/10/2001

O QUE SÃO SONHOS?


É uma forma de resolvermos os problemas?
De atenuar a solidão?
De fugir das dores?
De enganar a morte?
De querer ser feliz?

Sonhos digerem nossas experiências...
Tecem a nossa realidade,
Pois temos três momentos na vida:
Quando estamos acordados e ativos,
Quando dormimos, no sono,
E quando sonhamos o sonho.

No sonho, temos:
Festa, aventuras,
Terror, pesadelos,
Ambição, humildade.
Na balbúrdia do sonho,
Podemos ser qualquer coisa:
Bailarina, doutora,
Fazendeira, professora.

Temos sonhos banais,
Temerosos, intrigantes,
De desejos reprimidos,
De desejos desejados,
De realizações, felicidades,
De metáforas...

Vera da Mata
VC, 25/10;2010

domingo, 24 de outubro de 2010


MOMENTOS

De onde vem esta dor
Que dói quando respiro?...
Dói quando choro...
Dói... quando rio.

De onde vem este sentimento
Cruel, que me acusa?...
Onde foi que eu perdi
O brilho dos meus olhos?

Em que banco de praça
Ficou dormindo a velha graça?
Em que rio
Derramei minhas lágrimas?

Minhas lágrimas...
Nem elas me pertencem mais
Perdi o direito sobre elas,
Em que palco?

Em que espelho
Perdi a minha imagem?
Onde achei tanta auto-piedade?

A única coisa que sei
É que estou aqui,
Mas ... onde?


Andréia da Mata
Vc, 01/12/1994

O QUE O VENTO TOMA


Toma a nossa juventude,
a nossa saúde,
as nossos amores,
a nossa graça pela vida,
a dignidade de todos.

O que o vento nos traz?
Coisas que andam para frente,
que andam para trás,
Saudades e amores,
Flores e alegrias.

O que o vento deixa ficar?
O feio que consente o belo,
O pobre que aplaude o rico,
O rico que engole o pobre,
Ficando menor o pequeno
Que aplaude o grande.
Vitima que enaltece o prisioneiro,

O vento é um remédio!
Dos desenganados, dos supérfluos,
Dos gemidos, da ardência
Do tempo e da solidão!
Pois, o tempo e o vento
São águas inflamadas
Que não cansam de correr...


Vera da Mata
VC, 24/10/2010

AMOR E DESAMOR


Amar um filho é algo mais!...
Conforto e proteção precisam.
Também amor
e carinho.
Disciplina sim,
Desamor não.

Sentimentos de mágoa,
Ficam longe.
Gritos e ofensas,
Ficam longe.
Ressentimentos e revoltas,
Ficam longe.

Só se aprende amar,
Amando!
Não existe amor sem diálogo,
Sem saber ouvir,
Respeitar,
As individualidades.

É prova de amor...
não comparar,
É prova de amor...
Incentivar,
É prova de amor...
Deixá-los crescer
Felizes!

Com agressividade
Só aprendem violência.

Com amor
Se formarão,
Crescerão
Preparados para a vida.
Desajustes?
São normais.
Assustados?
Superarão...
Crescer dói... !

Crianças precisam
Crescer com amor,
E cuidados.
Senão crescem
Arredios,
Desconfiados,
Reservados,
Dependentes.


Vera da Mata
VC, 20/10/1989

sábado, 23 de outubro de 2010


UM ENCANTO EM CADA COISA...

O mundo é cheio de encantos
E, também, desencantos,
Cheio de coisas e sentimentos
Que nunca acabam.
Tem um pouco de tudo...
Tem gente boa e prestativa,
Tem gente má e egoísta.

Tem coisas que estão dentro de outras.
E outras que estão por fora de algo.
Tem gema dentro do ovo,
Tem caroço dentro do abacate.
Tem casca de banana amarela,
Tem peixe dentro da água.

Tem avião que voa no céu,
Tem trem que corre na terra,
Mas também tem desilusão,
E má vontade de todos.
Tem semente dentro das frutas,
Tem chuva que cai do céu,
Tem nuvem que dança no alto,
Tem relâmpago que parte ao léu.

Tem coisas que estão dentro:
Coelho dentro da toca,
Família dentro de casa,
Lembrança dentro do coração.
Saudade dentro do peito.

Tem coisas que estão fora:
Crianças que brincam no quintal,
A lua no céu estrelado,
Telhado em cima da casa,
Tristezas e mágoas da vida!
Tem coisas que estão em cima:
Gato em cima do telhado,
Vaso em cima da mesa,
Menino em cima da cama.
Amor acima de tudo,
Carinho em cima da dor.

Tem coisas que estão embaixo:
Mineiros embaixo da terra,
Ouro embaixo do solo,
Tapete embaixo do sofá,
Tatú embaixo da terra...

Tem coisas que são grandes:
A inveja, a dor e a saudade.
A montanha, o hipopótamo e o elefante...
São Paulo, Nova Iorque e Tóquio.
Deus, amor e o infinito!
Tem coisas que são pequenas:
O botão e a flor das gramineas,
A formiga, o mosquito e a areia...

Existem coisas novas,
Velhas, secas e pretas,
Brancas, molhadas e curtas,
Longas, azuis e doces.
Molhadas, brilhantes e rosas.
O mundo é cheio de coisas,
Diferentes,
Cheias de mil encantos.

Vera da Mata
VC, 23/10/2010

O OLHAR DE ARIEL

Com seu olhar bonito
Ariel!
Forma um coral
com reflexos de luz
Que corre por entre as montanhas
De amor e sonhos.

Ariel.
Ana que é uma colina,
De amor, carinho e flores.
O Olhar de Ariel,
Parece correntes de mel,
brilha nos olhos da gente,
brilha nos olhos de todos,
Colore a vida de amor.


E o sol, vendo Ariel
torna corada a menina,
cor de canela, cor linda!
Tem o olhar de uma pomba,
Põe sonhos e amores,
Nas colinas de Ana.

Vera da Mata 20/10/2010


BEATRIZ!

Tu és meiga e linda!
Flor que do céu caiu...
És inocente e sincera,
Coração puro e meigo...

Menina, você é forte!
És puro amor ...
És quieta, inteligente,
Gentil, educada.

Gostas de PC, DVD, TV,
Gostas de brincar também.
Brincar de corda, de casinha,
De pirueta, sem se preocupar.

Menina! Que ainda não conheces o mundo,
Não deixe ninguém te maltratar,
Porque os teus encantos
Deus vai abençoar!

Vera da Mata
21/09/2010


NO SILÊNCIO DO LUAR


Misteriosa lua!
As estrelas estão acessas
Parecem uma fotografia
De um tufão de luz !
Na lua, há serenidade do azul...
Na lua, há infinita serenidade
No céu, no telhado e nas ruas,
Há infinita saudade!
Do silêncio! Do sol! Das flores!
Tão claro e lindo como luar,
Sei que há alguém, não sei onde, que chora...
Na angústia invencível que me mostra
Que invade o meu ser e meu coração
e devora a minha alma ...

Vera da Mata
15/11/2008

VERSOS SEUS...

Há uma estranha luz nesta noite!
Que transcende a dor e a poesia,
Finjo que tenho o coração contente
Neste amor frio e meu somente.
Estes versos eu lhe dou.
Pela vida a fora, versos hei de fazer,
Cheios de sonhos, de dores e lembranças,
Do amor que tive,
Do amor que se foi...

Relembrar o passado de nós dois...
Esse passado que começou ontem...
Repletos de ternura e desencontros.
São versos meus, mas que são seus, também...
Sozinho, hás de escutá-los sem ninguém
Que possa perturbar nossa ventura...
O tempo branqueou nossos cabelos,
Tirou as nossas forças
Mas deixou as nossas lembranças,
Doces ou amargas
De saudade do nosso amor.

Ao lê-los, saudade e dor teremos...
Chorando o nosso amor,
hás de rever nossa vida,
hás de lembrar do que fez...
E se nesse tempo eu já tiver partido
Deixa ao lado da cova,
Um bilhete em branco
E um molhe de flores mortas!

Vera da Mata
13/10/2010
Nós não passamos duas vezes no mesmo caminho, portanto quando tiver oportunidade de fazer um bem a alguém, faça-o, pois não voltará àquele lugar novamente.
Vera da Mata


O CÉU E OPACAS SOMBRAS

Sombras opacas no céu,
Dia abafado e sem luz,
Transformando a noite medonha,
Feia, triste, desolada.

Nela há o mugido sobre as rochas,
Do mar que salta e espuma.
Dos furacões e ventos irados;
Com sons zunindo no ar.

Há grunhidos do pássaro noturno,
Que assusta pousado no cipreste.
Formando temíveis sombras
Formando quadro terrível.

Há ciúme e saudade no ar.
Grato sou, olhos meus
Pelas nuvens opacas
Que fazem desenhos de sonhos.

Nas sombras deleitosas,
Que assustam as almas.
Nos raios de sombras opacas,
Nas eternas sombras de dor...

Vera da Mata
VC, 12/10/2010


O QUE SÃO PALAVRAS?

É acesso verbal,
são sermões de revertério,
no reservatório,
no depositário,
São sementes da mente,
São correntes da vida.
Palavras tomam rumo
do caminho do vento.



No campo, as palavras
Dão alento ao farelo de trigo,
Ao pão de cada dia.
Ninguém há de falar
Mudando o lugar das palavras,
Senão embaralham as ideias,
Desintegram o som da poesia.

Ando no perfume dos sons,
Só para me vestir de palavras.
Palavras de amor,
Palavras bonitas,
Palavras de esperança,
Palavras de sonhos.

No dicionário...
Palavras adjetivas,
Substantivas,
Verbos de amor
De palavras doces
E meigas,
Palavras ao léu.

Não desperdice as palavras
Elas sempre trazem alento,
No caminho ao vento,
Nas brisas da manhã,
Nos contornos das tardes,
Nas ondas douradas do tempo!

Vista-se de palavras!

Vera da Mata
Br. 24/11/2007

TAÇA DE VENENO

Olhos fechados,
Pensamentos longe,
Tarde sem fim.
Fome dos miseráveis,
Olhos famigerados,
virando mesa
De sermões vazios,
Amarrando travas e amarras.



Pelos que praticam
requintes de crueldade,
estão saciados...
da fome, do dinheiro,
da dignidade, da dor
de outros que nada têm.

Escreveram nas páginas
nobres de nossos ancestrais,
a desonra, a vergonha,
a falta de caráter.

Vera da Mata

Br. 23/11/2006




SUBTERRÂNEO DA MEMÓRIA


O que é o tempo?
É corrente que confere qualidade
de todas as coisas reais e irreais.
É vibração das ondas,
das falas e das vidas
Das emoções e dos medos,
De instantes terriveis!

Instantes...
Que ficam guardados
na consciência, no limite,
no subterrâneo da memória.
É corpo ágil e leve
que busca consolo
na terra sólida e dura.

O tempo exige...
Virtude de paciência,
Ordem que trás semente
Desordem que trás lembranças.
Tempo é amigo do vento
que levam nossas vidas embora.

Vera da Mata

VC, 22/10/2010

quinta-feira, 21 de outubro de 2010


VIAGEM...


Não quero mais ter medo!
Não quero mais adiar as decisões.
Adiar as descobertas,
Adiar o recomeço.

Quero ter coragem!
De mergulhar na vida!
De mergulhar nas sombras!
De mergulhar no sol.

Não quero maquear meus sentimentos.
Não quero mais esquecer os sonhos.
Não quero mais esperar pelo improvável.
Quero a estabilidade da vida!

Vera da Mata
VC, 22/10/2020

SILÊNCIO!!!


No silêncio da alma
o universo canta
a cantiga das estrelas
a cantiga dos anjos.
Cantigas que embalam os seres,
com sábios conselhos
de amor.

O silêncio da alma,
No silêncio da vida!
No silêncio da morte!
murmura a luz divina,
mundo pulsante
de nossos corações.

Vera da Mata
VC, 23/10/2010

ALIVIO


Noite cruel,
Vento e frio,
Ausência de lua,
Ondas sem mar,
Infinito sem estrelas,
No planeta azul!

Mágica!
Poesia e versos...
Palavras de sentimentos
Escondidos na alma do poeta.
Lembranças, paixões,
Passado, frustrações,
Ânsia do triste,
Sede de lágrimas.

Olhos mergulhados no céu,
Estrelas e lua a navegar
No infinito, ao léu
Alivio que se encontra
No tempo!


Vera da mata
Br, 12/10/2006

HUMILDADE


É simplicidade!
Degrau último
da sabedoria!
Que agiganta a alma,
Transforma dor em amor.
Tira o fracasso.
Trás sadia obsessão!
Bela convivência.

Mel do nosso interior,
Molde de nosso ser.

É inimiga...
Da mentira, das tapeações,
Das humilhações, da amargura,
Da dor fingida,
Na madrugada azulada
nas escarpas com pés descalços.

Com humildade,
Levante a cabeça,
Feche os olhos,
contemple o futuro,
Como as pombas que são livres
Que voam soltas
E voltam sempre para o mesmo lugar.
Na ruína de nossos corações
Edifícios maravilhosos
Surgirão...
Alma extraordinária nascerá!


Vera da Mata
VC, 23/11/2009

VERGONHA...

Era setembro
Penso nas decisões
que se modificaram com o tempo.
Acalmo meu pensamento
deixo-o voar lento
no meu eterno lamento!

Chorei com'alma,
Chorei de vergonha,
Pelos pensamentos,
Pelo julgamento,
Pelo mal que causei,
Pelas injustiças,
Pela falta de amor humano.


Vergonha...
De não ter encontrado o coração,
A liberdade,
As circunstâncias,
As necessidades
De todos.
A incompreensão,
O medo,
Que transforma a chuva
Em tempestade neste momento.

Vera da Mata
Monlevade, 1976

AMAR UM FILHO


Amar um filho é algo mais que cercá-lo de conforto e proteção. Cada criança é um ser à parte, uma individualidade que precisa ser compreendida. Se um pai e uma mãe têm quatro filhos, não seria exagero dizer que os quatro filhos deveriam ter quatro pais. Pois cada um deles vê a vida de forma diferente, distinta, tem sua própria maneira de assimilar as coisas, de reagir diante delas.
O modo de tratar os filhos na infância, de resolver os conflitos, vai moldar o homem e a mulher do futuro e sua capacidade de relacionar-se com os outros seres humanos do planeta. Gritos, violência, ofensas não vão fazer nenhum bem a eles, muito pelo contrário, vão criar sentimentos de mágoa, ressentimentos e revoltas.
Cada filho vê o mundo sob um prisma. E sob esta visão terá um jeito de tratar as plantas, os animais e a “nossa casa”, determinará os benefícios e malefícios à sociedade. O filho precisa aprender a amar, só se aprende recebendo amor. Sabe-se que a forma de demonstrar amor está diretamente ligada com aquele que você recebeu na infância, da educação, do meio que viveu e do temperamento que conseguiu desenvolver.
Os filhos devem ter consciência que os pais, também, são limitados. Eles dão o que sabem e podem dar. Portanto, os erros que cometem, as injustiças que ora praticam, demonstram que não são infalíveis, mas é preciso que eles têm a noção de que somos eternos aprendizes da vida. Aprendemos todos os dias e das mais variadas formas.
Não existe amor sem diálogo. Saber ouvir é uma prova de amor. É prova de amor aceitar o filho como ele é. É prova de amor respeitar a opinião dele, sua individualidade. É prova de amor não fazer comparações com outras pessoas. É prova de amor incentivá-lo para que possam crescer e se formar.
Quando um filho é tratado com agressividade, freqüentemente, vai aprender a ser violento. Não se pode esquecer que ele é um ser em crescimento, em formação. Os desajustes dos jovens são normais, são prova de seu crescimento, o que não é normal é a violência. Os pais não podem ficar assustados vendo como perigoso e destrutivo, mas é “crescer”... E crescer dói... Não podem usar isso como negativismo. Pois à medida que crescem vão se ajustando, quando são criados com amor. Eles só precisam de apoio, de carinho e de cuidado.
Nessa fase, os jovens são arredios, reservados, pouco amável e críticos, querem distância! Mas precisam de reconhecimento e amor para transporem esta etapa. É comum verem os pais como atrasados, com indiferença, eles querem ser independentes, por isso seus desejos se chocam com o dos adultos.
Os jovens devem crescer psicologicamente normais, sem frustrações e seguir seus caminhos sozinhos. Devem saber tomar decisões, escolhas, correrem riscos. As experiências dos adultos podem e devem ser transmitidos, todavia não tirará deles a necessidade de terem as suas próprias experiências.
Pais! Não se preocupem! Um dia os filhos se tornam adultos começam a enxergarem os seus pais com admiração, porque sabem que daí para a frente terão as mesmas dificuldades que seus pais tiveram.

Vera da Mata

Monlevade, 1973

terça-feira, 19 de outubro de 2010

SOL E LUA




Era noite na criação do universo.
Da treva surgiu a Luz,
Da luz surgiu a lua,
Da lua surgiu as sombras.
Das sombras surgiu o sol.
Do sol surgiu a vida.

Feminina é a lua!
Masculino é o sol!
Os dois se completam
Se encontrarão
Nem que seja eclipse da vida!...

A lua produz luz fria!
O sol produz luz quente!
Lua feminina, mulher
Portadora de "Luzes do sol",
Carrega com firmeza,
o ser que vai embalar
os passos da vida!
Sua tocha da Luz.

Vera da Mata
VC, 26/09/2010

segunda-feira, 18 de outubro de 2010





MONLEVADE MINÉRIO

Em cima do ferro nasceste,
João Monlevade
Criou-te e expandiu-te.
Hoje tu és maravilha
Social e econômica.
Teus filhos são fortes,
Corajosos e valentes,
Todos com coração de aço,
Duro por fora
Moles de amor.

Monlevade, berço de minhas montanhas!
Quantas saudades...
Minas – ferrífera,
Na memória retratando
No Vale do aço – meu pranto.
Minhas lembranças estão voltando
Àquele monte em que sentada
Observava lá do alto minha terra
Linda, tortuosa... amorrada!

Na mente recordo
Do rio, dos troncos,das matas,
Cena alegre de brincadeiras
Enredo de amor saudoso.

Vera da Mata
Br, 02/12/1999



MIRAGEM

É ilusão ou alucinação?
São imagens refletidas ...
Com luz natural,
Ou com lamparina
Registradas pelos olhos.
Na estrada, dia quente
Ensolarado
Refletem no chão,
No asfalto, no deserto.

Miragem é espelhismo
Transparente,
Diferente,
Luz refratada.
Feixe de luz!
Engano dos sentidos,
Ilusão do olhar,
Luz invertida,
Fenômeno do engano,
Maior delas: arco-íris. .

Vera da Mata
VC, 17/10/2009

EXISTÊNCIA

Eu existo?
Nunca existi...
Fui miragem,
Fui oásis,
Fui água cristalina,
Fui espelho de tua alma.

E agora?
Existo....
No deserto de meu coração,
Nas agruras de nosso caminho,
Na sombra de nossos olhos,
Foram sonhos?

Foram brisa fresca,
De noite escura,
De frio e calor.
De sereno luar,
Delongas tempestades,
De dias quentes,
De dores da alma,
De dunas de areia movediça!

Fomos viagem sem volta,
Fomos miragem!


Vera da Mata,
VC, 18/10/2010

CILADA

Há várias formas de matar uma criança,
Não só com o tiro da fome,
Ou espada da palavra
Envenenada.
Mas com o olhar frio,
Com a indiferença,
Com a falta de saúde
E educação,
Com a falta de moradia
E pais amorosos.

Crianças!
Morrem na sintaxe
Da emboscada,
No desleixo do amor,
Com os presentes “drogados”.
Na solidão da morte,
No abandono de família,
No descuido da vida.


Brumado, 2006
Vera da Mata

PERDI A PACIÊNCIA

Em discutir a relação,
Com gente tola;
Com a falta de postura
Da sociedade
E da política.

Perdi a paciência:
Com a arrogância,
a ganância,
A distância humana
E a impaciência;
Com falta de amor
Dos outros, a dor;

Perdi a paciência:
Com a intolerância,
A insolência
E a indolência.

Perdi a paciência:
Com os tolos!

Vera da Mata
12/10/2005

FULANO SEM NOME


Brinca na rua,
Na calçada,
No abandono da vida.
Quer esquecer
A família,
A vida,
A saúde,
A escola
Que não tem.

Mundo injusto!
Poucos com tanto,
Muitos com pouco.


A boca de “Fulano Sem Nome”
A sociedade fecha,
Com tiro,
Com fome,
Com prisão,
Na violência
E na solidão.

“Fulano Sem Nome!
Brinca de bandido,
De correr na miséria,
Pés descalços,
Olhos famintos,
Coração vazio,
Esperança nenhuma.

Desespero,
Dor,
Grito,
Morte!

Vc, 16/10/2010

Vera da Mata


O QUE É TRISTEZA?


É dor
É nostalgia
É ardor
Da saudade?

É dia de solidão,
De lembranças,
Das pessoas,
E das “lambaças” da vida?

É saudade dos amores,
Das pessoas,
Dos lugares,
Das idades?

Ninguém sabe...
É vaidade das vaidades,
É falta de amor,
É ausência!

Vera da Mata
Brumado, 11/12/2006

sábado, 16 de outubro de 2010

PÁGINAS DE CHORO



QUADRO DE TARSILA DO AMARAL


Não choro por nada
Choro por tudo.
Choro pelo vento,
Pelas flores
pelo mar,
pelas criaturas,
pelos animais.
Pela noite escura
Que são páginas em prosa.
Dores...
Trêmulas e confusas
Correm ao infinito...
Mas logo retornam
entre risos e soluços.
Vida majestosa
Que exprimem sonhos e palavras,
Cores ideais,
Emoção de momento,
Mágoas de saudade!


Vera da Mata
VC, 15/10/2010





LÍNGUA PORTUGUESA


Lá no Lácio nasceu
Românica se tornou.
É bela e linda!
Que do latim surgiu.
Portugal é sua mãe,
Que pelo mundo se espalhou
Brasil, Goá, Macau,
Moçambique e Angola,
Timor-leste, Guiné
São Tomé também.
O português tem: Camões,
Carlos Drummond de Andrade,
Olavo Bilac , Vieira,
Castro Alves,Fernando Pessoa.

Gosto de suas palavras,
São sereias intocáveis
De corpos brilhantes.
Seu ritmo verbal
Fascinante é...
Seus sons,
Melodiosos são.
Suas sombras de letras
São fantásticas.
Sua sintática
É complicada.
Gosto da delícia desta língua
Da paixão e entrega,
No devaneio externo.

As palavras fazem a festa,
A dança numa fluidez
Fantástica.
Assim a nossa língua
São cortejos sonoros
De sedas ao vento!


Vera da Mata
VC, 15/10/2010