domingo, 31 de julho de 2011

Porque os jovens de hoje acham que têm exclusividade à felicidade?



             Quando observamos os jovens de hoje percebo uma geração despreparada para a vida. Não estou dizendo despreparada de "aprendizagens" e/ou de "habilidades", mas despreparada para enfrentar as dificuldades e os problemas.  Usam com destreza as tecnologias, mas não sabem usar de bom senso nas relações humanas, não sabem lidar com as frustrações. Muitos viajam pelo mundo, mas desconhecem a fragilidade e brevidade da vida. Estudaram em boas escolas, falam línguas, têm acesso à cultura, pertencem a uma geração que teve muito mais do que seus pais, mas cresceram com a ilusão de que a vida é fácil, nasceram prontos e com direitos indiscutíveis. Pensam que nasceram com direito inabalável para serem felizes!

           Mas eles precisam aprender que a vida fora de casa, principalmente, o mercado de trabalho, não é uma continuação de suas casas, com pai e mãe complacentes, que tudo concede, todavia  a vida tem seus stress, seus problemas e suas dificuldades. Precisam aprender a ser ADULTOS. A vida é uma construção, devemos construir o nosso espaço e criar nosso legado, pois para isso é preciso ralar muito, ter ética e honestidade, amor e humildade, e não a cotoveladas ou aos gritos. 

           Por que boa parte da nova geração de hoje não gosta de ser questionada, acham (e tem a ilusão) que a felicidade é seu direito. 


         Tenho visto a angústia de muitos pais que pensam que os filhos TÊM que ser “felizes”, fazem malabarismos para dar tudo aos filhos, protegê-los de tudo, nunca dizem NÃO. Estão criando alguns ditadores egoístas, sem nenhuma responsabilidade com o outro.  Os filhos da classe média desprezam o esforço, o respeito, o partilha e o amor. Acham lindo não estudar, passar a noite na balada e ser aprovado no vestibular de Medicina porque seu pai tem dinheiro e quer que ele seja feliz. Para eles, esforçar-se é coisa para os filhos dos pobres, da classe C e D, que ainda precisam assegurar-se na vida. Eles não podem sofrer, são livres para fazerem o que bem entenderem sem levar em conta ninguém. Não sabem viver sem  limitações e que ninguém, por mais brilhante que seja, consegue tudo o que quer. Para muitos jovens hoje a felicidade é um imperativo.

          E AGORA JOSÉ?

          Se os filhos têm o direito de ser felizes simplesmente porque existem e os pais TEM A OBRIGAÇÃO DE GARANTIR ESSE DIREITO, como vão lidar com o sofrimento, o medo e as dúvidas? Como ensinar aos filhos que na vida existem valores, limites, obrigações e deveres; que a vida não é feita somente de bens materiais?

Criar filhos não é tarefa fácil. Nem sempre acertamos, mas  devemos deixar que nossos filhos vivam as boas coisas e encarem  as dificuldades da vida. Crescer doí. Viver doí. A vida é bela! Mas é luta, é trabalho, é crescimento, é aprendizagem, porque como disse Elke Maravilha: "Não devemos levar a vida a sério demais, mas devemos vivê-la bem e corretamente com humildade de FÉ em Deus, porque não vamos sair vivos dela!