quarta-feira, 18 de maio de 2011

AMOR...


Amar e ser amado!
Eis a questão!
Amar é anelo do belo,
É sonho da cor,
É ardente esperança
De felicidade.

É noite acordada em desvelo,
É brasa abrasadora,
É fogo do pensamento.
É sentir sob o alento
Desejo e sonho!

É mirar na alma de alguém!
É sentimento puro,
Que nos invade...
Para sempre...
Sem pedir licença.

Vera da Mata

18 de maio de 2011

AONDE VAI PARAR A HUMANIDADE?



Aberrações morais e políticas. Individualismos. Guerras. Ganâncias. Terror. Violência extrema e desnecessária. Dor e morte. Desmatamentos.
A humanidade perdeu o rumo, o bom senso, o caminho. A busca dos prazeres e dinheiro levou o homem moderno a viver em excessos na busca de satisfação pessoal. As pessoas estão perdendo o momento presente, pois em nome de todos os seus desejos egoístas estão acabando com a vida pessoal, acabando com a família, com a dignidade humana, com a esperança de futuro, com o planeta terra.
Nós não somos seres fragmentados, nós somos inteiros, corpo, alma e emoções. Precisamos cuidar dos nossos sentidos humanos, pois temos consciência, livre arbítrio, pensamos, agimos e reagimos. Temos que nos sentir motivados para fazer o bem, sem olhar a quem...Desta forma precisamos entender os  outros seres humanos, respeitá-los e não estropiá-los.
Aqueles que conhecem história sabem que o “homem do Renascimento” acreditava que ele era grande por causa da sua maravilhosa arte, literatura e arquitetura. O homem da Reforma acreditava que ele era grande por causa do Deus que o tinha feito. E o homem moderno? Pensa que é grande por causa dos bens materiais que tem, isso favoreceu o desenvolvimento do individualismo e da ganância.. Assim, a humanidade hoje passou a querer ter em vez de ser. Passou a acreditar que tudo pode, acha que a razão é "tudo", mas as questões filosóficas provaram-se serem muito maiores.
Temos necessidade moral de Deus, Ele foi deixado em segundo plano e o materialismo nasceu. O capitalismo e a ganância ajudaram a esta dissiminação. O homem sem Deus ficou perdido. E ficou assim de frente com a moralidade que estavam perdendo. E como agir e reagir?
É preciso que o homem passe a centra-se no que é certo e o não no errado. E a humanidade está escolhendo os caminhos errados, pois hoje o certo ficou errado e o errado ficou certo. Hà uma inversão de valores morais. Sabemos que todos nós somos resultados de nossa cultura e o meio ambiente que nos formaram, mas escolhermos  entre o bem e o mal  é necessário. E agora?
O planeta está sofrendo uma reviravolta, a violência e o terrorismo estão à solta. Os excessos estão acontecendo e o individualismo reina. A ganância cobra o seu preço e as guerras estão governando. Será que teremos somente dor e morte?

VC, 18 de maio de 2011.

Vera da Mata

ESCRAVIDÃO: ontem e hoje




O fim oficial da escravatura aconteceu há exatos 123 anos. Se pensarmos na rapidez do tempo, percebemos que foi há pouco tempo. O dia 13 de maio de 1888, com a assinatura da Lei Áurea pela Princesa Isabel, os negros foram libertados e em seguida abandonados.
Eles foram trazidos ao Brasil pelos colonizadores portugueses para movimentar a economia colonial brasileira, principalmente, a açucareira, mas passaram por maus momentos.
Ao serem tirados de sua terra natal, acabaram ursupados, maltratados, feridos no corpo e na alma.  Eram transportados pelos navios negreiros em porões sujos e sem ventilação. Viam amontoados, em condições desumanas, muitos morriam antes de chegar ao Brasil, sendo que os corpos eram lançados ao mar.
Castro Alves, o poeta dos escravos, descreveu bem essas condições quando disse:  “era dantesco o tombadilho do navio”.
Os escravizados, quando aqui chegavam eram vendidos como animais. Em terra firme trabalhavam muito (de sol a sol), recebendo apenas trapos de roupa e uma alimentação de péssima qualidade. Passavam as noites nas senzalas (galpões escuros, úmidos e com pouca higiene) acorrentados para evitar fugas. Eram constantemente castigados fisicamente. Eram proibidos de praticar sua religião de origem africana ou de realizar suas festas e rituais. Tinham que seguir a religião católica, imposta e adotar a língua portuguesa na comunicação. Mesmo com todas as imposições e restrições, não deixaram a cultura africana se apagar. Escondidos, realizavam seus rituais, praticavam suas festas, mantiveram suas representações artísticas e até desenvolveram uma forma de luta própria: a capoeira..
As mulheres negras também sofreram muito com a escravidão, eram estupradas, usadas pelos seus  senhores, que utilizavam sua mão-de-obra, principalmente, para trabalhos domésticos, como: cozinheiras, arrumadeiras, parideiras e até mesmo amas de leite para os filhos da  elite colonial.
Mas o negro não aceitou passivamente a escravidão, reagiu, buscando uma vida digna. Foram comuns as revoltas nas fazendas em que grupos de escravos fugiam, formando nas florestas os famosos quilombos. Eram comunidades bem organizadas, onde os integrantes viviam em liberdade, através de uma organização comunitária aos moldes do que existia na África. Nos quilombos, podiam praticar sua cultura, falar sua língua e exercer seus rituais religiosos. O mais famoso foi o Quilombo de Palmares, comandado por Zumbi.
No entanto a partir da metade do século XIX, a escravidão no Brasil passou a ser contestada por alguns países europeus e o Brasil se viu obrigado a criar leis que começassem a libertar os negros.
Em 1850 surgiu a primeira lei em favor deles:  a Lei Eusébio de Queiróz, que acabou com o tráfico negreiro, em 1871 a Lei do Ventre Livre que dava liberdade aos filhos de escravos nascidos a partir daquela data. E no ano de 1885 era promulgada a Lei dos Sexagenários que garantia liberdade aos escravos com mais de 60 anos de idade. Somente no final do século XIX que a abolição realmente acabou.
Entretanto se a lei veio para libertá-los juridicamente, as dificuldades ainda estavam por vir. Sem moradia, condições econômicas e assistência do Estado, muitos negros passaram por “muitas” dificuldades após a liberdade. Muitos não conseguiam empregos, sofriam preconceito e discriminação racial. A grande maioria passou a viver em habitações de péssimas condições e a sobreviver de trabalhos informais e temporários.
E ainda hoje eles enchem as favelas sem condições dignas de vida, com salários baixos, sem educação, com escola ruim e sem saúde. O governo brasileiro nunca teve planos ou projetos para ampará-los. Os negros deveriam ter sido ressarcidos de sua miséria e sua dor, mas ao invés disto são escravizados nas fazendas do interior do país. Mas a escravidão de hoje tem um variado tons de pele, todos descendentes daqueles escravos.
Assim essa ideia de “posse” escravagistas não existem mais, mas existe a escravidão moderna, chamada de ‘trabalho análogo ao escravo”, que não tem garantidos os direitos de trabalhador, os maus patrões inventam maneiras de o empregado não conseguir sair do “emprego”, com salários irrisórios, de fome.

Até quando isso irá acontecer?

Vera da Mata

VC, 18 de maio de 2011.



terça-feira, 17 de maio de 2011

DIA 15 DE MAIO - DIA DA FAMÍLIA


FAMÍLIA...

Na família existem vários sentimentos, histórias e muitas diferenças. Cada membro tem seu ritmo, seu jeito de vivenciar e ver a vida. Cada um tem suas peculiaridades que podem ser preocupante ou não, que podem ajudar a criar mais laços de amor e respeito ou não. Muitos de seus membros encaram conflitos de modo muito peculiar, uns evitam, outros tratam com bom humor, outros cobram e dão broncas, entras formas de reação.
Mas na família deve-se criar espaços que propiciem um vínculo afetivo. DESCULPAS como "não tenho tempo", "não gosto de conversar" não são mais aceitáveis, é imperativo e necessário que cada membro trabalhe para melhorar os vínculos internos. Uma das formas de sanar estas dificuldades é criar momentos para conviver com os familiares, driblar a falta de tempo com programas conjuntos nas atividades domésticas que permitem uma troca de experiências, como passeios, visitas, cozinhar juntos, entre outras.
Todavia aliado a tudo isto está o diálogo, que é uma das práticas mais fundamentais da convivência familiar.  De nada adianta viver unidos sob o mesmo teto se não há conversa, se as pessoas não compartilham seus sentimentos e experiências de vida. O diálogo permite saber o que o outro está pensando e sentindo e é a melhor forma de resolver desentendimentos.Porque são os diálogos que servem de apoio nas horas difíceis, mas também podem ser ótimas companhias para momentos de distração e divertimento.
Mas isto só pode acontecer se cada membro da família tiver disponível o amor, o tempo e a cooperação, principalmente para as crianças. Não existe nada mais difícil, desagradável e triste do que entrar numa casa e encontrar pessoas com a cara fechada, sem vontade de conversar. Há várias formas de combater estas manifestações .... o afeto. Ele deve ser manifestado com amor, respeito, tolerância, criatividade de adaptá-las ao tempo e à rotina positiva na família.
Não deixe somente para os finais de semana para manifestar seus sentimentos e conviver com sua família. 
Reconheça que ela não é perfeita, todos tem falhas e podem e devem tentar mudar, mas manter a  flexibilidade gera confiança nas pessoas com a qual nos relacionamos. Os pais devem criar ocasiões exclusivas para seus membros e ser exemplo para seus filhos.
VERA DA MATA
V/C, agosto/2016