quarta-feira, 17 de novembro de 2010

RAZÕES


São intocáveis as razões do coração,
São nebulosas as minhas lembranças,
São infinitas as dores da alma,
São longas as minhas madrugadas.

Madrugada fria, impávida e escura!
Nela, há um silêncio profundo,
Silêncio de morte tímida e pálida,
Enfeitiçada na tristeza sem fim.

Triste e sem fim também é o meu coração,
Que vive enclausurado na minha lágrima,
Que teima em cair pela saudade mágica,
De tudo que já passou e náufraga virei.
.
Mas náufraga não quero ser,
Pois há um pássaro que deseja voar
Dentro de mim...
Há uma princesa pálida na floresta do meu coração.

Na vida já fui jardim e já criei rosas,
Cravos e malmequeres,
Já fui deserto e areia tomou conta do meu coração
Que ficou seco e sem luz...

Já fui montanha e estive bem perto do céu.
Hoje sou pequena estrada,
De caminhos longos e tortuosos,
Onde me perco com frequencia...

Mas queria ser o raio de sol, o mais belo,
O mais dourado e quente,
Ao mesmo tempo ser água cristalina
Que rola pelas encostas para sempre...

Monlevade, 1990
Vera da Mata

domingo, 14 de novembro de 2010

SE O TEMPO VOLTASSE ... ELAINE



Seu nome siginifica Helena.
Inteligência e comunicação são seu lema.
Movida pela emoção e razão,
sentimentos que lhe permeiam a alma.


E significa ESPERANÇA,
Luta,
Amor,
Irreverente,
Na luz
Encontro


Se o tempo voltasse
você entenderia...
Quanto esperei e te desejei,
Filha do coração!


Agradeço a Deus por existir,
Pelo cariNho e dEdicação,
Pelos “não” que te falei,
Pelos “sim” que te proporcionei
Para que não sofresse
E nem lágrimas derramasse....

Tem um coração sem igual
No rosto, a perseverança!
Coragem! amor e luta.
Se o tempo, voltasse atrás

Entenderia...




VC, 14/11/2010
Vera da Mata

INDELEVEL AMOR!


Amor é seu nome!
Natureza é sua vida!
Dedicação,
Responsabilidade,
Esperança,
Indelével
Amor!

LindA filha, doce e meiga
Embeleza miNha estrada,
O meu caminho da viDa.
De amoR, tErnura e carInho.

SuA presença acaricia meu coração,
Seus versos me revelam seu lado lindo.
Sua sutileza é envolvente
nas amarras da minha emoção.

Pena não poder estar com você,
Todas as horas de nossa vida,
Trocando nossos versos
E desatinos...

Penso em você como luz da luA
em noite de verão, deitada
No quintal, tentando ler nas estrelas
Os mistérios da vida!

VC, 14/11/2010
Vera da Mata

QUANTA SOLIDÃO!



Faz frio lá fora, muito frio...
Parece solidão de natureza morta,
A chuva molha meu coração,
E nela encontro só minha solidão.

Solidão não é só ausência de quem se ama,
Mas a indiferença de sua presença.
É o quinhão que o tempo nos dá
E dor que insiste em machucar.

Solidão é como o vôo da abelha
Que sozinha vai de flor em flor,
Desencontros das almas
no caminho de estrela em estrela.

Solidão reflete tristeza
Dor, histórias e desamor,
Que anda nas estradas do coração,
Das emoçoes e desencontros.


Monlevade, 23/5/1986
Vera da Mata