quinta-feira, 28 de outubro de 2010






Sombras...
Que na escuridão ruidosa da ausência,
Rompe-se em fios finos de luz,
São melodias encantadas,
São imagens formadas
Que se esgueiram na estrada,
Sob a luz poente do sol,
Na luz fraca da noite.

Aparecem nas curvas da solidão...
E me procura no meu esconderijo
Onde quer que eu esteja.
No meu castelo de sonhos,
No amanhecer e no entardecer.

Sombra - sombra que embala
Canções tristes,
Sentidos perdidos,
Esquecidos...
Não vistos
E nem observados...

Elixir da mente...
Que minh'alma esconde,
que minh'alma almeja,
Á calmaria á beira do lago..
Lago so silêncio!

Lá... há também sombras...
De seres, de árvores, de pássaros,
Lá o tempo passa devagar,
E as minhas lembranças cruéis,
Emanações rudes de meu ser,
Querem me sufocar,
Trazer atrozes sentimentos
Que olham nas sombras da minha memória.

Vera da Mata
VC, 27/10/2010

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