sábado, 23 de outubro de 2010


VERSOS SEUS...

Há uma estranha luz nesta noite!
Que transcende a dor e a poesia,
Finjo que tenho o coração contente
Neste amor frio e meu somente.
Estes versos eu lhe dou.
Pela vida a fora, versos hei de fazer,
Cheios de sonhos, de dores e lembranças,
Do amor que tive,
Do amor que se foi...

Relembrar o passado de nós dois...
Esse passado que começou ontem...
Repletos de ternura e desencontros.
São versos meus, mas que são seus, também...
Sozinho, hás de escutá-los sem ninguém
Que possa perturbar nossa ventura...
O tempo branqueou nossos cabelos,
Tirou as nossas forças
Mas deixou as nossas lembranças,
Doces ou amargas
De saudade do nosso amor.

Ao lê-los, saudade e dor teremos...
Chorando o nosso amor,
hás de rever nossa vida,
hás de lembrar do que fez...
E se nesse tempo eu já tiver partido
Deixa ao lado da cova,
Um bilhete em branco
E um molhe de flores mortas!

Vera da Mata
13/10/2010

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