terça-feira, 30 de março de 2010

MULHER ATRAVÉS DA HISTÓRIA


Texto escrito em 2008 por Vera da Mata


Diz a Bíblia que Deus quando criou a mulher, a criou em sua imagem e semelhança, deveriam dividir problemas, dificuldades, felicidades, construirem juntos e encontrar soluções para a vida junto com o homem.
Mas nunca foi assim. Desde o principio da civilização humana, em todas as culturas, épocas e impérios, sempre existiram, com raras exceções, condições humilhantes e degradantes para mulher. Em vez de serem companheiras e parceiras, foram oprimidas e viveram na miséria e na obscuridade (grande maioria das mulheres neste planeta).
Se fizéssemos uma viagem no tempo e no espaço, veríamos a condição sofredora de doença e morte que elas sofreram através dos tempos. Sempre foram vistas apenas como parideira de filhos, sem amor, respeito ou carinho; morriam novas de doenças transmitidas por seus maridos e companheiros mais velhos que elas. Segundo registros históricos, mulheres com 25 anos pareciam mulheres de 60 anos hoje, sem dentes, peitos caídos, doentes. Sem contar às humilhações que sofriam por serem fêmeas.
Ainda, hoje, existem lugares no mundo que o homem fica triste quando se torna pai de uma menina. Na China, chegam ao ponto de matarem, abortarem ou abandonarem pelo fato de serem mulheres. Nos países islâmicos, não é diferente. Nos países do oriente, não é diferente. Na índia, país hindu, não é diferente. No Brasil, não é diferente.
Durante a colonização brasileira do século XVI e XVII, as mulheres portuguesas, quando aqui chegaram, trouxeram consigo um longo histórico de dominação masculina. Elas viviam debaixo de uma religião opressora, onde tudo era pecado e errado. Eram obrigadas a aceitarem a sua condição, achavam que tinha que ser assim mesmo. Para o homem, ela deveriam ser castas, simples, trabalhadeiras, humildes, nunca deveriam inquerir o seu marido, deveriam sofrer caladas, porque este era o seu destino, elas haviam nascido para isso.
E as coisas conseguiram piorar, ainda mais, com a chegada das mulheres negras ao Brasil, como escravas. Se a mulher branca já não tinha nenhum valor, imagina a negra! Elas eram estupradas, violentadas, humilhadas, amputadas no corpo e na alma. Eram engravidadas para dá lucro aos seus senhores, muitas vezes, filhos dos próprios senhores. O sofrimento era levado até as últimas conseqüências e morte. E a situação não mudou com o passar do tempo, nem com a libertação dos escravos em 1888, pois até hoje elas são discriminadas e humilhadas mais do que as mulheres brancas.
E isso fez com que as mulheres mestiças e/ou negras sempre fossem vistas em nossa terra, como mulheres "fáceis para pegar, usar, largar ou matar", enquanto as mulheres brancas, de origem européia, eram trancafiadas em casa, cheias de pudor, de vergonha, escondidas de tudo e de todos.
É nítida a diferença entre a vida dos homens e das mulheres, sempre foram marcadas pelas desigualdades de direitos, pelo patriarcalismo.
Prova disso são os salários pagos as mulheres brancas e negras ganham hoje em dia. As mulheres ganham menos que os homens em função e obrigações iguais, imaginem a mulher negra. Se não fossem por tantas opressões durante toda a história, não precisaríamos hoje de “dia internacional da mulher” para conscientização sobre os direitos e da importância delas, alguém já viu dia de homem? Pois nem a lei Maria da Penha garante os seus direitos para protegê-las de homens violentas e machistas. Todos os dias, maridos, namorados, companheiros matam suas mulheres em nome do amor e da honra. Que honra, que amor?
Muitos homens, ainda hoje, pensam que a mulher nasceu para servi-los, para ser somente dona-de-casa e educar filhos (importante também), mas o que se questiona é a falta de direitos, a falta de respeito, as injustiças.
Foi somente depois de 1970, com os movimentos rippes e de rocks, que a mulher começou a visualizar uma esperança no final do túnel, com a pílula anticoncepcional, os movimentos feministas, a queima de sutiens em praças públicas, a liberação de uniões livres e do aborto em alguns países, que elas começaram a serem vistas por outro prisma. Alguma coisa está sendo feita, mas muito se precisa fazer, ainda.

3 comentários:

  1. Anônimo2/4/10

    É verdade,como a mulher ja foi reprimida!mas pelomenos eu não deixo nenhum homem me maltratar

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  2. Anônimo3/4/10

    A lei Maria Da Penha,não vale nada.A mulher agredida que denuncia seu marido,depois que voltam para sua casa,ela apnha porque ousou denuncia-lo,e fica por isto mêsmo.As mulheres de hoje,não tôdas,não tem coragem de corrêr atraz do seu sustento e dos filhos.

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  3. Anônimo3/4/10

    Quem escreveu ,foi Gracinha Silva

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