quarta-feira, 6 de outubro de 2010

ENTARDECER DO MEU CORAÇÃO...


Sol descamba no horizonte
como um cetim que cai no chão.
Deixa vermelhas as folhagens,
Deixa seco e magoado
meu coração.

As águas e os campos floridos,
vão dormir neste entardecer,
Que do céu implora olhares,
sentimentos...
Que transluz a luz deste momento.

É um facho de luz indeciso,
de cores semi-mortas,
que se perdem no azul noturno,
frio e adormecido,
Dos dias felizes ou tristes.

Meu amor guarnece os ventos
de sonhos e esperanças
como renda brilhante a farfalhar;
Que brinca com a palmeira
e as aves que passam na viração.

Mas há uma harmonia exalante
da natureza que se recolhe,
Do amor que eu sinto,
Dos juritis, dos sabiás,
Do esconder no matagal.

Entardecer de minha vida!
É como melancolia,
Oh meiga tarde!
Que na minha mágica vida caiu,
E as sombras da noite que chega
Trazem mistérios e encantos mil.

Vera da Mata
VC, 15/01/2010

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